O tratamento com células-tronco na mão avançou nos últimos anos e se tornou opção em casos selecionados.
A proposta é criar um ambiente biológico favorável para reduzir a dor, modular inflamação e apoiar a regeneração de nervos, tendões, cartilagem e osso.
Neste guia, você vê quando considerar, como o procedimento é feito, riscos e recuperação.
O que são células-tronco e como atuam
Usamos células do próprio paciente, colhidas da medula óssea ou do tecido adiposo. O material é autólogo, o que facilita a integração ao organismo.
O efeito desejado vem dos sinais químicos que essas células liberam. Eles modulam a inflamação, estimulam as células do próprio tecido e coordenam as etapas da cicatrização.
Sempre explico aos meus pacientes que as células-tronco na mão não substituem cirurgias necessárias, funcionam como aliadas em protocolos definidos, com metas realistas e acompanhamento de reabilitação.
Quando considerar o tratamento com células-tronco na mão
As indicações surgem quando existe falha de resposta aos cuidados convencionais ou quando a equipe define que o ganho biológico pode somar à estratégia cirúrgica ou conservadora.
- Lesões nervosas com perda de continuidade, em associação a conduítes e suturas de precisão.
- Tendinopatias crônicas que persistem após imobilização, fisioterapia e analgesia.
- Degeneração cartilaginosa na base do polegar com dor e limitação funcional.
- Atraso de consolidação óssea em fraturas da mão e do punho.
- Cicatrizes dolorosas e aderências que restringem movimento, após avaliação criteriosa.
Quem é candidato ideal
O candidato reúne dor persistente, limitação funcional e exames que confirmam degeneração ou falha de cicatrização.
Também apresenta adesão à reabilitação e estabilidade mecânica suficiente para a articulação envolvida.
- Avaliação clínica e de imagem atualizadas, com laudos comparativos.
- Controle de comorbidades, sem infecção ativa.
- Expectativas claras sobre ritmo de melhora, sem promessas de “cura imediata”.
- Compromisso com protocolos de terapia da mão.
Como é feito o procedimento
O processo segue etapas padronizadas em ambiente controlado. Em parte dos casos, ocorre a combinação com microcirurgia, quando há reparo de nervos ou reconstruções complexas.
- Coleta autóloga: aspirado de medula óssea ou gordura subcutânea, com anestesia adequada.
- Processamento: concentração celular conforme protocolo da equipe.
- Aplicação: injeção guiada por ultrassom em tendões ou cartilagem, ou adição ao leito cirúrgico em reparos de nervo.
- Controle de dor: analgesia orientada e, quando indicado, órtese para proteção inicial.
Em casos selecionados, o especialista associa células-tronco na mão ao PRP para potencializar o ambiente biológico, sempre com indicação individual.
Segurança, riscos e cuidados
Eventos esperados incluem dor no local de coleta, edema leve e sensibilidade na área tratada.
Complicações infecciosas são incomuns com assepsia rigorosa. Informe uso de anticoagulantes, alergias e condições que impactam cicatrização.
- Siga as orientações de higiene e curativo da equipe.
- Evite esforço precoce, respeite o período de proteção.
- Retorne nas datas combinadas para monitorar evolução clínica e funcional.
Recuperação e reabilitação
A reabilitação direciona o resultado. O plano combina mobilização protegida, terapia manual, fortalecimento progressivo e treino de destreza, com metas semanais e reavaliação periódica.
- Primeiras semanas: proteção com órtese, controle de dor e edema, exercícios passivos e ativos leves.
- Fase intermediária: ganho de amplitude, resistência e coordenação fina, adaptação de tarefas diárias.
- Retorno funcional: critério baseado em força, dor controlada e testes específicos para trabalho e esporte.
Resultados: o que esperar
Os resultados variam conforme o diagnóstico, técnica, tempo da lesão e adesão à terapia.
Em tendões e cartilagem, o objetivo é reduzir a dor e melhorar a função, já em nervos, o retorno sensitivo e motor exige meses, com ganhos graduais.
A terapia com células-tronco na mão tende a somar quando o cenário mecânico está estável e o protocolo de reabilitação é bem executado.
Se você se enquadra em alguns dos quadros listados acima, agende sua consulta para saber mais sobre as indicações, metas de função e calendário de reabilitação.
FAQs
O que muda com células-tronco na mão em relação ao PRP?
O PRP oferece fatores de crescimento, já as células-tronco modulam inflamação e sinalizam reparo por mais tempo. Em alguns cenários a equipe combina as duas abordagens.
Quanto tempo leva para sentir melhora funcional?
Em tendões e cartilagem, as primeiras respostas surgem em semanas. Em nervos, a recuperação sensitiva e motora é lenta e pode levar meses.
Existe risco de rejeição?
O material é autólogo, coletado do próprio paciente, o que reduz risco de rejeição. Persistem riscos gerais de qualquer procedimento, como infecção rara.
Posso treinar ou trabalhar logo após o procedimento?
Atividades leves são liberadas conforme dor e orientação da equipe. Esforços e impactos retornam de forma progressiva, seguindo metas da terapia da mão.
Há especialistas em Goiânia que fazem o procedimento?
Sim, existem equipes com foco em mão e punho que oferecem terapias biológicas em Goiânia. Avalie experiência, integração com reabilitação e protocolos adotados.
Atendimento online ajuda no acompanhamento?
O teleatendimento apoia ajustes de exercícios, checagem de dor e dúvidas. As consultas presenciais seguem necessárias para exame físico e etapas do procedimento.
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