Células mesenquimais de gordura na mão são uma estratégia biológica para modular a inflamação, reduzir a dor e apoiar a cicatrização de tendões, ligamentos, nervos e cartilagem.
O objetivo é oferecer um ambiente propício ao reparo, com mínima invasividade e foco em função.
O que são e como atuam
As células mesenquimais de gordura na mão derivam do tecido adiposo do próprio paciente e carregam uma fração estromal rica em mediadores.
Na prática, funcionam como um orquestrador local, estimulando a resposta do tecido e protegendo as estruturas sobrecarregadas.
O efeito central ocorre por sinalização parácrina, com liberação de citocinas, quimiocinas e vesículas extracelulares.
Esse pacote biológico regula inflamação e dor, incentiva a angiogênese e favorece a deposição de matriz extracelular. O resultado é um cenário mais responsivo à fisioterapia e a eventuais microcirurgias.
Células mesenquimais de gordura na mão: quando indicar
A indicação de células mesenquimais de gordura na mão exige dor persistente, falha do tratamento conservador e potencial de cicatrização.
Veja alguns exemplos frequentes:
- Tenossinovite de De Quervain.
- Tendinopatias dos flexores e extensores.
- Epicondilalgia do punho.
- Lesões parciais do ligamento escafolunar.
- Alterações do complexo fibrocartilaginoso triangular.
- Rizartrose trapézio metacarpal em estágio inicial a moderado.
Há um papel adjuvante após descompressões de nervo, em pequenos defeitos condrais do carpo e em sequelas inflamatórias pós trauma.
Em artrose avançada com colapso articular, a resposta costuma ser limitada, por isso, a decisão deve considerar exame físico, imagem e metas funcionais.
Como é o procedimento
O tratamento com células mesenquimais de gordura na mão é ambulatorial. Segue um roteiro padronizado que prioriza segurança e precisão.
- Seleção criteriosa do caso, com revisão de histórico, medicações e expectativas.
- Coleta do tecido adiposo por lipoaspiração de pequeno volume, sob anestesia local.
- Processamento em sistema fechado ou centrífuga, para concentrar a fração estromal.
- Aplicação guiada por imagem no alvo tecidual, com documentação ultrassonográfica.
- Orientações imediatas de proteção e mobilidade leve, com plano de reabilitação.
Critérios de segurança incluem suspensão ou ajuste de anticoagulantes quando pertinente, controle de doenças sistêmicas, assepsia rigorosa e monitoramento clínico nas primeiras semanas.
Reabilitação e retorno
A reabilitação estruturada potencializa o benefício das células mesenquimais de gordura na mão. O cronograma é individual, porém, um guia prático ajuda na organização do cuidado.
- Semanas 0 a 2: proteção do sítio, mobilidade leve sem sobrecarga, controle de dor e edema.
- Semanas 3 a 6: progressão de amplitude, exercícios proprioceptivos, retorno gradual a tarefas finas.
- Semanas 6 a 12: fortalecimento progressivo, treino funcional, ajuste ergonômico para atividades manuais.
Atletas e profissionais manuais podem demandar protocolos específicos de carga e tempo de retorno. A comunicação entre paciente, fisioterapeuta e cirurgião é determinante para estabilidade e desempenho.
Resultados esperados
Em tendinopatias e rizartrose, as células mesenquimais de gordura na mão tendem a reduzir a dor e melhorar a função, com potencial para adiar procedimentos mais extensos.
Em cenários cirúrgicos, o suporte biológico pode favorecer a integração de enxertos e estabilidade mais consistente.
Os desfechos variam conforme a idade, tempo de lesão, técnica, qualidade do tecido e adesão à terapia de mão.
Metas realistas incluem queda do uso de analgésicos e ganho funcional mensurável em tarefas do dia a dia.
Riscos e contraindicações
Eventos comuns e autolimitados incluem dor pós procedimento, edema e equimose no local de coleta e de aplicação. Complicações são raras com técnica adequada, mas podem ocorrer infecção e hematoma.
- Contraindicações: infecção ativa, distúrbios graves da coagulação, neoplasia em atividade, doença sistêmica descompensada.
- Limitações: artrose avançada com colapso, instabilidade mecânica severa, baixa adesão à reabilitação.
Para saber se o procedimento de células mesenquimais de gordura se aplica ao seu caso, agende uma consulta para uma avaliação mais completa e se você é um bom candidato.
FAQs
Células mesenquimais de gordura na mão substituem cirurgia?
Não necessariamente. Em casos selecionados, reduzem dor e melhoram função, podendo adiar cirurgias. Em colapso articular, a indicação cirúrgica segue prevalente.
Quanto tempo leva para sentir melhora após o procedimento?
Em geral, as primeiras semanas focam proteção e controle de sintomas. Melhoras funcionais costumam aparecer entre 4 e 8 semanas, com ganhos até 3 meses.
O material é do próprio paciente?
Sim. As células mesenquimais de gordura na mão utilizam tecido adiposo autólogo, o que reduz risco imunológico e facilita a integração tecidual.
É preciso imobilizar a mão depois?
Curto período de proteção pode ser indicado. A imobilização completa é reservada a casos específicos, sempre com orientação profissional.
Quem não deve fazer o procedimento?
Pessoas com infecção ativa, distúrbios graves da coagulação, neoplasia em atividade ou doença sistêmica sem controle. A avaliação clínica direciona a decisão.
Qual é o papel da fisioterapia no resultado?
Central. A fisioterapia conduz progressão de movimento e força, além de ajustes ergonômicos que consolidam o ganho funcional.
- Síndrome do Canal de Guyon: o que é e como tratar - setembro 28, 2025
- Lesão da placa volar: diagnóstico e tratamento - setembro 27, 2025
- Fratura de Bennett: sintomas, diagnóstico e tratamento - setembro 26, 2025